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Negociações sobre reajuste dos comerciários de Picos resultam em impasse

Marcos Holanda. Foto: Andreia Monteiro

As negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Picos (Sintracs) e o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí resultaram até o momento em um impasse. As duas partes não chegaram a um acordo sobre o valor do salário dos comerciários da cidade nesse ano de 2021. Para o presidente do Sintracs, Marcos Holanda, as propostas apresentadas pelos representantes patronais não são viáveis.

As reuniões entre as partes são coordenadas pelo Ministério do Trabalho, mas mesmo assim não está havendo consenso. Marcos Holanda informou que foram apresentadas propostas de 3% e 2% para os trabalhadores, que não foram aceitas. Ele questiona o fato de em outros municípios do Piauí, como Parnaíba e Campo Maior, terem recebido reajustes de até 5%.

“Não tem condições de fechar um acordo de 2% porque aí eles não estão dando, estão é tirando da gente, não estão oferecendo coisa nenhuma, estão é tirando 3,5%, porque 5,16% o governo já deu”, comentou.

Para o sindicalista, não existe a possibilidade dos comerciários ficarem sem reajuste. “Algo tem que ter, ou ouvir a justiça, ou quando o trabalhador sair na justiça, mas sem reajuste não pode ficar; a única forma de legalizar é numa convenção ou acordo entre as partes”, declarou Marcos Holanda.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí, Tertulino Passos, argumenta que esse momento é de crise e que é necessário ter cautela ao se pedir o reajuste.

Para o comércio local o salário mínimo permanece em R$ 1.140,00, conforme acordado em 2020, destacando a existência de diferenças quanto ao tipo de loja em que o funcionário trabalha.