Cidades

Secretaria de Serviços Públicos denuncia descarte irregular de lixo hospitalar realizado pelo Hospital Regional de Picos

Por: Rawena Sousa

Neste domingo (14), a Secretaria de Serviços Públicos recebeu uma denúncia por parte dos garis, relacionada ao descarte irregular de lixo hospitalar feito por funcionários do Hospital Regional Justino Luz. Os trabalhadores responsáveis pela coleta informaram que havia a mistura de lixo hospitalar com o lixo comum, e se recusaram a realizar a limpeza, por ser algo de alto risco para a saúde. A situação já havia se repetido na sexta-feira (10), e voltou a acontecer no dia 14.

O Secretário de Serviços Públicos, Elesbão Monteiro, explicou o motivo de não ter sido feito a coleta do lixo até o momento.

“Mais uma vez teve um acontecido no Hospital Regional com o lixo. Já é a terceira vez. Os garis vão pegar o lixo no hospital e estão misturando o lixo hospitalar com outros lixos, e os garis se recusam a pegar. Isso aconteceu sexta-feira, e ontem quando foram fazer novamente a coleta, tinha mais lixo hospitalar misturado. Então não foi feita a coleta. Já entraram em contato com a gente perguntando se iríamos fazer a coleta, para isso vamos conversar com os garis para que eles façam a limpeza. Mas, comunicamos aqui o acontecido de até agora não ter sido feito a coleta, devido ao lixo comum estar misturado com lixo hospitalar”, frisou o Secretário.

O Coordenador de Coleta da Secretaria de Serviços Públicos, Marion Pereira, relatou sobre as diversas notificações que foram feitas relacionadas à mistura de lixo hospitalar com o lixo comum, além de alertar sobre o perigo que os garis se expõem com esse tipo de ação.

“Essa semana voltou a acontecer novamente a mistura do lixo hospitalar com o lixo orgânico no Hospital Justino Luz. Na sexta-feira foram encontrados acessos, soros, e outros objetos de lixo hospitalar. Mesmo assim foi recolhido. No domingo, eles acharam mais lixo hospitalar misturado com o lixo comum e dessa vez não foi recolhido. Recebemos orientações da Secretaria de Meio Ambiente, como também pela Vigilância Sanitária, que se acontecesse isso, eles parassem imediatamente a coleta, pela própria segurança deles”, informou.

O Coordenador falou, ainda, sobre a incidência dessa conduta por parte do hospital. “Informamos ao Meio Ambiente e à Vigilância Sanitária, que foi lá averiguar. Até o momento, não pudemos fazer essa coleta porque os garis temem pela segurança deles. É errado recolher lixo hospitalar com lixo orgânico, o hospital precisa se adequar. Não é um caso raro, já vem acontecendo várias vezes, e assim, fica difícil a gente trabalhar, pois não podemos colocar a vida dos nossos profissionais em risco”, ressaltou o Coordenador.

O Analista Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Vilmar Santos, explicou o processo de apuração da denúncia, bem como a aplicação de advertência feita ao hospital.

“A Secretaria do Meio Ambiente em conjunto com a Vigilância Sanitária, foi até o local para apurar os fatos da denúncia. Ao chegarmos lá, havia indícios de irregularidades, como por exemplo, a mistura de lixo hospitalar com o lixo comum. Fomos até à direção do hospital e tomamos as medidas cabíveis. Para de fato solucionar o problema, fizemos uma advertência para o hospital e através dessa advertência será firmado um termo de ajuste de conduta com o Regional para que a situação seja regularizada”, informou.

De acordo com o Analista Ambiental, o Hospital Justino Luz possui um local para o descarte desse tipo de resíduo, no entanto, não está regularizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

“O hospital possui um local de armazenamento dos resíduos, mas esse local não está de acordo com a normativa da Anvisa, então, esse termo terá esse objetivo. Eles vão ter um prazo para regularizar esse local e deixar ele nos padrões que a normativa exige. Isso será feito dentro do processo de advertência para que o mesmo não se transforme em multa. A Secretaria está nessa fase de aguardar a presença de um representante do Hospital Regional. Caso não compareçam dentro do prazo, a Secretaria vai tomar outras providências cabíveis”, explicou o Analista.

CCOM/PMP