DestaquesEducação

Professores das escolas particulares avaliam retorno híbrido das aulas

Professores Deivison e Rodrigo. Foto: arquivo dos entrevistados

Por Daniela Pereira/Estagiária

As escolas particulares de Picos voltaram às aulas nesse início de ano de forma híbrida. Com isso, alunos e professores estão se adaptando às novas formas de ensino escolar. Antes, devido a pandemia da COVID-19, muitos institutos colocaram o ensino de maneira remota – via internet – mas, após um longo período de portas fechadas, os colégios decidiram reabrir e intercalar o ensino tanto no presencial, quanto a distância. Com o novo decreto do governador Wellington Dias, as direções das instituições de ensino estão decidindo como proceder.

Para o professor Deivison Moura, 33 anos, que leciona história no Machado de Assis, o retorno às aulas de maneira híbrida foi desafiador, pois foi necessário adaptar as duas maneiras de ensino. ”Está sendo um desafio, tudo é novo e conciliar o ensino dos que estão no presencial e os que estão assistindo aula de casa é uma experiência nova, acredito que para todos os professores de Picos e região”, argumenta.

Arquivo do entrevistado

Assim como para o professor Rodrigo Leal, 30 anos, que leciona geografia no Colégio São Lucas, as duas maneiras de ensino requerem mais trabalho para preparar as aulas. “A sala de aula foi modificada, inicialmente pelo ensino remoto e agora pelo ensino híbrido, com isso o trabalho com a preparação de aulas e ferramentas foi dobrado, isso tem requerido uma maior dedicação”, relata.

Com a relação aos cuidados em sala de aulas, as escolas sequem as medidas e distanciamento social, como relata Devision Moura. “Os alunos que assistem aula de forma presencial têm que seguir todos protocolos estabelecidos pelo governo, assim como os professores e demais profissionais da educação, acredito que tem funcionado”, diz.  

Pois manter o distanciamento e os cuidados com higienização é fundamental para aqueles que decidiram ter aulas presenciais, como explica Rodrigo Leal. “Há um distanciamento entre alunos e professores, utilização intensa de álcool gel, higienização das ferramentas e da sala a cada aula e o uso constante e obrigatório de máscaras”, conta.

Rodrigo. Arquivo do entrevistado

No que diz respeito ao aprendizado a maneira de ensinar foi uma mudança para os professores, assim como para os alunos, pois ensinar e aprender de forma remota e/ou presencial requer mais atenção para aula.

Para Rodrigo Leal, a adaptação para os professores, como também para os alunos, teve que ser necessária para que fosse possível continuar com o ensino, mesmo tendo alguns pontos negativos no momento da aula. “Assim como nós professores tivemos que nos adaptar, também foi necessária uma adaptação dos alunos, a intenção é que a aula chegue com a mesma intensidade aos alunos presentes e remotos, no entanto, infelizmente alguns pontos como queda de conexão com a internet e má utilização de ferramentas tecnológica em alguns momentos atrapalham”, explica.