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Negócios em alimentação crescem no Piauí, durante a pandemia

Cozinheira e chef de cozinha decidiram investir em novo negócio - Foto: Divulgação/Nehemias Lima

Não é novidade que a pandemia do novo coronavírus transformou o modo de vida de inúmeras pessoas no mundo todo. Também não é segredo que muitas empresas tiveram que fechar temporariamente suas portas e lidar com situações adversas, demitindo funcionários, reduzindo a carga horária de outros colaboradores e até reinventando seus produtos, para sobreviver à maior crise de saúde, social e econômica dos últimos tempos.

No entanto, muitas empresas enxergaram na crise uma oportunidade para crescer, captar novos clientes, manter a fidelidade de quem já consumia seus produtos e inovar em vários setores. Se muitos empresários fizeram reajustes nas rotinas e nos ritmos de produção, por outro lado, novos patrões surgiram: os empreendedores.

De acordo com o Sebrae, a pandemia de coronavírus mudou o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas no Brasil, o que equivale a 31% do total. Outras 10,1 milhões, ou 58,9%, interromperam as atividades temporariamente.

Entre as empresas que continuaram funcionando, 41,9% realizam agora apenas entregas via atendimento online e a modalidade delivery ganhou força desde o mês de janeiro, em todo o Brasil.

Em Teresina, a cozinheira Simony Vieira trabalhava em restaurantes da zona leste da cidade e no início da pandemia, decidiu montar o próprio negócio. Com a ajuda da filha e chef de cozinha Elayne Vieira, elas montaram uma tapiocaria no formato delivery e vendem, além das tapiocas, cuscuz recheados e crepiocas.

“Percebemos que, em casa, as pessoas teriam mais tempo para pedir comida e saborear novas experiências, aí decidimos montar esse negócio”, disse a empreendedora Simony.

Elas iniciaram as atividades em março e já têm uma carta de clientes fixa. “Foi até uma grande surpresa para nós a velocidade como conseguimos, em meio a uma crise, erguer um novo negócio, recebendo pedidos de todas as regiões da cidade”, destaca a chef de cozinha Elayne.

Há pouco mais de três meses no mercado, mãe e filha já lançaram cardápios tradicionais e fit, e afirmam que pretendem dar continuidade ao negócio mesmo depois da pandemia. Por isso, a empresa mantém as parcerias com fornecedores, e vem garantindo a satisfação dos clientes. Elas têm investido, inclusive, em equipe de marketing, divulgando sua marca nas redes sociais.

“Com o isolamento social, tudo ficou muito digital, então entendemos que é necessária a presença digital e nos comunicar com os clientes de forma interativa e divertida, apresentando nossos produtos e interagindo com eles, em um momento em que o celular ou computador são os maiores aliados para quem está de home office ou em momentos de lazer ”, pontua a cozinheira.

A empresa familiar recém-criada tem apostado ainda em kits especiais para datas comemorativas como dia dos namorados, dia das mães e dia dos pais, oferecendo opções de cestas personalizadas com seus produtos, aquecendo o mercado local.

Fonte: meionorte.com