Em edição do Diário Oficial da União publicada nesta quarta-feira (24), véspera de Natal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o Decreto nº 12.797, que estabelece o novo valor do salário mínimo nacional. A partir de 1º de janeiro de 2026, o piso salarial passará dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.621.
O reajuste representa um aumento nominal de R$ 103. A medida impacta diretamente não apenas os trabalhadores da ativa que recebem o piso, mas também aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais, como o Seguro-Desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Os novos valores começam a ser depositados nos primeiros dias de fevereiro, referentes à folha de pagamento de janeiro.
Impacto no Poder de Compra e Defasagem
A Constituição Federal exige que o salário mínimo seja reajustado anualmente para preservar o poder de compra da população, garantindo que o valor acompanhe, no mínimo, a variação da inflação.
Entretanto, a disparidade entre o valor oficial e o custo de vida real permanece acentuada. Segundo o levantamento mais recente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo ideal para manter uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.067,18 em novembro de 2025 — valor que é 4,3 vezes maior do que o novo piso anunciado pelo governo.
O que muda com o novo valor:
- Piso Nacional: R$ 1.621,00;
- Valor Diário: R$ 54,03;
- Valor Horário: R$ 7,37;
- Benefícios: Reajuste automático para o teto do PIS/Pasep e benefícios do INSS atrelados ao mínimo.
