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Dia Internacional da Mulher: conheça algumas histórias dessas guerreiras

Aline Alves, Ana Danúsia e Loany Rocha. Foto: arquivo das entrevistadas

Por Daniela Pereira/Estagiária

Hoje, 08 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, data que simboliza as lutas por igualdade de direitos e conquistas ao longo dos anos. Embora ainda se tenha muito pelo que lutar, é inegável o crescimento da participação da mulher em todos os setores da sociedade, ocupando os mais diversos postos de trabalho e, em muitas ocasiões, chefiando uma família.

Para marcar essa data, o Boletim do Sertão fez uma reportagem especial com mulheres que trabalham, estudam, cuidam da família. Guerreiras, como todas são.

Para Aline Alves, 32 anos, formada recentemente em Jornalismo pela R.Sá, cerimonialista e dona de casa, ser mulher é fazer parte de uma jornada de mão dupla, pois abarca tanto ser mãe e dona de casa, quanto ser uma mulher independente, que está no dia a dia fazendo valer as lutas do passado.

“Às vezes ser mulher para mim, é dar conta dos afazeres de casa, de ser cuidadora daqueles que estão a minha volta, mas tantas outras vezes, ser mulher é muito mais que isso, é honrar o sexo que a me foi dado, é trazer as lutas de outras mulheres e vestir a ‘armadura’ e matar leões por dia, seja para a minha realização pessoal, profissional, quanto para os que fazem parte da minha vida, ou para a sociedade”, afirma.

Para Loany Rocha, 22 anos, estudante de Ciências Contábeis, a mulher representa vários títulos entorno das virtudes e enfrentamento que vivenciam ao logo do dia. “Poderia levantar vários contextos ou pontos positivos, mas o que representa muito bem o gênero feminino é ser batalhadora e guerreira”, diz.

Da mesma forma argumenta Ana Danúsia, 28 anos, enfermeira, mestre e doutoranda, sobre o quanto ser mulher é estar à frente, lutando para mostrar o quanto o poder feminino é forte e imbatível, e que as mulheres nunca devem desistir.

“Ser mulher é lutar incansavelmente para mostrar que podemos tudo, embora não seja fácil, é possível, temos vários exemplos de mulheres fortes e vitoriosas, e por isso devemos continuar firmes conquistando nosso espaço com respeito e dedicação”, relata.

Ao longo dos anos os movimentos femininos vêm lutando para conseguir direitos iguais aos homens em ambientes de trabalho, já que é visto o descaso para muitas em várias categorias, como na profissão ou estereotipada como o sexo frágil. Mas será mesmo que as mulheres conseguiram de fato alcançar todos os diretos?

Para Aline Alves, as mulheres conseguiram alcançar uma boa parte dos direitos, pois percebe-se que a sociedade, muitas vezes, não dá tanta voz a mulher como deveria ser e que há pouco espaço no ramo trabalhista para o gênero feminino.

“Conseguirmos parte. Ainda falta muito, mulher vive em uma luta constante, infelizmente somos muito cobradas, e quando cobramos, somos pouco atendidas. Falta mais políticas públicas, mais igualdade no mercado de trabalho”, diz.

De acordo com Loany Rocha, a mulher lida com vários obstáculos todos os dias, e que durante esses dias muitas vezes é preciso se encaixar nas etapas. “Ser mulher é enfrentar um desafio diferente todos os dias, muitas vezes, invisíveis, outras vezes, desiguais, seja na divisão das tarefas domésticas ou no ganho no mercado de trabalho. Muitas vezes, elas assumem tripla jornada. Saem para trabalhar, cuidam da casa, dos filhos” argumenta.

Para Ana Danúsia, as conquistas das mulheres refletem no que se tornaram hoje, mas não deixa de se perceber que falta muito para que consigam o espaço que merecem. “É fato que as conquistas são extremamente significantes, mas não são completamente suficientes, ou seja, não podemos estagnar, devemos buscar por melhorias sempre” afirma.

Para Aline Alves metade dos homens que respeita os diretos femininos, pois a jornalista percebe que muitos não levam a sério o papel da mulher no ramo do trabalho ou mesmo, não valoriza o dia de hoje. “Boa parte dos homens respeita os direitos das mulheres, mas sempre haverá aquela parcela que faz piadinhas, que diminui a mulher, seu papel na sociedade, o seu direito de participar das decisões, hoje mesmo, é um dia em que alguns zombam desta data”, relata.

Loany Rocha acredita que a sociedade masculina nem sempre favorece os direitos femininos. “Existem homens que não respeitam os direitos das mulheres, é comum em um casamento a mulher não ser permitida a trabalhar, pois ela deve cuidar da casa, ou outros casos é o homem menosprezar a carreira dela, masculinizar que ele ganha mais”, argumenta.

De acordo com Ana Danusia, sabe-se que muitas mulheres passam por situação conflituosa no dia a dia, onde as mesmas se sentem desrespeitadas. “Acredito que sempre existe momentos em que você se sente desrespeitada, por menor que seja a situação, mas existem situação constrangedora como muitas mulheres infelizmente ainda sofre, é revoltante ver determinadas realidades”, ressalta.

 Mensagens:

Aline Alves:

A gratidão atrai a multiplicação”. Seja grata por ter nascido e ser mulher. Corra atrás dos seus sonhos, não deixe que ninguém os diminua, lute pelos seus direitos e pelo respeito que merece. Não se cale diante da sociedade machista, você tem direito e lugar na sociedade, busque por ele e o ocupe, mostre sua força, sua inteligência. Você pode estar onde quiser, então, não se acomode, o mundo o  é seu, você dar conta de casa, filhos, trabalho, faculdade etc… Você é grande, acredite!

Loany Rocha:

Seja a mulher que sempre quis ser. Não se abale e não se reprima, continue sendo forte e lutando pelo o que te pertence. Seu lugar é onde você quiser estar!

Ana Danusia:

Mulher, nós já nascemos fortes, e é por isso que devemos permanecer firmes mesmo diante das adversidades que poderão surgir. Somos capazes de chegar aonde quisermos, basta prosseguir. Persista! Feliz dia!!!