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Chefe do IBGE diz que Pnad Covid confirma impacto da Economia e auxilia no pós-pandemia

Foto: Arquivo CV

O chefe da Unidade Estadual do IBGE no Piauí (UE/PI), Leonardo Passos, ressalta que os dados da pesquisa PNAD Covid-19, feita por telefone, revelam que a pandemia tem causado sérios impactos na Saúde da população como na Economia do Piauí. Os dados auxiliam os gestores na tomada de decisões durante a pandemia como a planejar o pós-pandemia.

Essa pesquisa foi iniciada em maio deste ano e mais de 4 mil domicílios em 117 município do Piauí passaram por consulta pela equipe do IBGE. “A pesquisa é bem ampla e liga para as pessoas no intuito de coletar informações sobre o impacto da pandemia tanto no mercado de trabalho como (também) em alguns aspectos da saúde da população”. A PNAD Covid-19 deve continuar até outubro de 2020.

“Quanto a renda e emprego, a primeira informação que a gente traz é que quase 600 mil piauienses tiveram dificuldade de acessar o mercado de trabalho no mês de maio. Desse contingente tem as pessoas que procuraram emprego e não acharam, que são cerca de 94 mil. Além dessas, nós temos uma força de trabalho em potencial: são as pessoas que não procuraram emprego, mas que gostariam de trabalhar e, quando perguntados o porquê de não procurarem empregos, o motivo foi cumprir o distanciamento social e por achar que não tinha trabalho naquela localidade; são 505 mil pessoas nessa condição”, comenta o chefe da unidade do IBGE no Piauí

Leonardo Passos acrescenta que os dados apontam que sem dúvida a economia no Piauí é calcada na informalidade, “por conta própria”; são mais de 300 mil pessoas nessa situação.

“De fato, a gente tem que está atento a esse números porque eles podem ter impacto direto da sobrevivência de algumas empresas. A pesquisa, por exemplo, revelou que das pessoas que estavam ocupadas no Piauí, tivemos 301 mil pessoas que estavam afastadas da sua ocupação no mês de maio. Dentre essas pessoas, nós vamos incluir prestadores de serviço, que não estava prestando serviço no mês de maio, nós também temos pequenos comerciantes”.

A pesquisa, segundo Leonardo Passos, também revela que 50% dessas 301 mil que estavam afastadas das suas ocupações no mês de maio, ou seja, 151 mil pessoas, não tiveram rendimento durante o mês de maio.

“Então, a pandemia traz uma série de implicações na Saúde, mas também na Economia. As 151 mil pessoa estão inseridas no mercado de trabalho, que assim que a pandemia passar tem as perspectiva imediata de voltar a ter uma renda ou assim que liberar o comércio. Essas pessoas não são consideradas fora da força (de trabalho)”. De fato, outras pessoas, além dessas, estavam sem renda no mês de maio porque estavam desempregados, sem perspectiva de trabalho.

Passos ressalta que esses dados servem para auxiliar tanto na retomada econômica no pós-pandemia como durante a sua passagem no estado. “A gente está acompanhando, está monitorando. No próximo mês teremos os dados de junho. Então cada passo, cada tomada de decisão do gestor, abre comércio, fecha comércio, tem lockdown ou não tem, tem impacto direto na Saúde e na Economia. Essa pesquisa, inclusive reconhecida pela Organização Internacional do Trabalho, é de qualidade”.

Carlienne Carpaso
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