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SP inicia a produção de mais 5 milhões de doses da vacina do Butantan

Foto: Roberta Aline

Após atraso na entrega de insumos, o Instituto Butantan iniciou, na noite desta terça-feira (20), a produção de mais 5 milhões de doses da vacina Coronavac, que devem ser entregues ao Ministério da Saúde no dia 3 de maio.

Na última segunda-feira (19), vieram da China para São Paulo 3.000 litros do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), ingrediente necessário para a formulação e envase da vacina no país, enviados pela farmacêutica Sinovac. A falta de matéria-prima havia barrado a produção em 7 de abril.

Desde janeiro, o total de unidades da Coronavac repassadas pelo governo de São Paulo ao ministério desde janeiro chega a 41,4 milhões de doses –é a principal vacina aplicada nos brasileiros.

As doses são encaminhadas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) para serem distribuídas proporcionalmente aos estados.

Com a nova produção iniciada nesta terça, o instituto pretende aumentar o total de doses entregues para 46,4 milhões.

Um segundo carregamento de matéria-prima, com mais 3.000 litros –correspondentes a outras 5 milhões de doses–, aguarda autorização para embarque e deve chegar nas próximas semanas ao estado, mas ainda sem data definida.

Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, o atraso e o parcelamento da entrega dos insumos em dois lotes não deve alterar o cronograma final.

Este é o segundo atraso na entrega do IFA. Em janeiro, houve episódio semelhante após imbróglio da gestão do presidente Jair Bolsonaro com o governo chinês.

A partir do recebimento da matéria-prima, o primeiro passo é armazená-la em câmara fria e contêiner de aço inox, explica o Butantan. Depois, o contêiner é encaminhado para a sala de tanques para transferência do composto para a bolsa de agitação e, daí, para o tanque pulmão, onde ocorre o processo de envase.

Durante o processo de envase os frascos-ampola são lavados e esterilizados por meio de ar seco quente, passam automaticamente para a entrada da máquina envasadora e, por meio de esteiras automáticas, são posicionados nas agulhas que despejam o produto dentro dos frascos via bomba dosadora.

Os frascos-ampola já com o produto são entregues pela esteira automática à recravadora, para recebimento do selo de alumínio.

Uma terceira fase é a inspeção visual manual, rotulagem e checagem dos rótulos e, por fim, embalagem dos frascos-ampola.

Por último, após o conteúdo envasado, são feitos testes de qualidade por amostragem, incluindo aspecto, pH, volume extraível, volume médio, teor de alumínio, teste de vedação, osmolalidade, identidade, conteúdo antigênico, toxicidade, esterilidade e endotoxina.

Folhapress