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“Se continuar desse jeito não temos como ir para frente, porque não temos chamada nem corrida”, Vanderlan Alves, motorista de aplicativo

Jailson Dias

A situação dos trabalhadores autônomos tem sido dramática em decorrência da pandemia do coronavírus. Com a quarentena decretada pelos poderes públicos para conter o avanço da doença e evitar uma situação de caos humanitário e na saúde pública, essas pessoas que retiram o sustento da família através do esforço pessoal diário tem se apegado a possibilidade de que a situação melhore, uma vez que o momento tem sido de extrema dificuldade.

“A expectativa é de que melhore mais, porque se continuar desse jeito não temos como ir para frente, porque não temos chamada nem corrida”, declarou o motorista do aplicativo Cuida, Vanderlan Alves, 37 anos.

Vanderlan, que já trabalha com o transporte de passageiros através do aplicativo há cinco meses, afirmou que era possível sustentar a família através desse serviço. Contudo, a situação se complicou em decorrência do coronavírus.

Ele e mais 24 pessoas exploram o aplicativo Cuida que é próprio de Picos e ganhou credibilidade dentro da cidade, uma vez que as corridas são mais baratas que os táxis convencionais. Os valores são definidos pelo próprio aplicativo. Segundo Vanderlan, todos os motoristas são donos dos próprios veículos usados no trabalho, repassando uma porcentagem para a administração do dispositivo.

“Estamos trabalhando na expectativa de ganhar o pão de cada dia, e acredito que quando essa quarentena acabar poderemos voltar a trabalhar para ganhar o sustento da nossa família”, declarou.

A Prefeitura de Picos anunciou recentemente que as atividades comerciais podem ser retomadas gradualmente a partir de maio, o que representará a volta das pessoas às ruas (mais ainda) e com isso a busca pelos serviços dos motoristas de aplicativo.