DestaquesSaúde

Saúde mental das crianças: um assunto que requer atenção redobrada

Por Maria Gizelly
Estagiária/R.Sá

A preocupação com a saúde mental não deve ser apenas na vida adulta, as crianças também precisam desses cuidados, pois elas podem sofrer de distúrbios emocionais e nem sempre conseguirem expressar. A psicóloga Irlla Gonçalves dá dicas de como conversar com os filhos sobre esse assunto de forma natural.

Segundo a psicóloga Irlla, falar de saúde mental com os filhos é importante e indispensável. Para que isso aconteça de forma saudável é necessário, inicialmente, que os pais estejam atentos nas suas atitudes e comportamentos, pois são modelos para os filhos. Deve-se acolher as crianças, deixar que elas se expressem sem medo, escutar com paciência, compreensão e aceitação.

Ao falar sobre saúde mental com os filhos, é necessário ser claro e objetivo, usando uma linguagem dentro da sua compreensão mental e “maturacional”. Para isso, pode-se fazer uso de alguns instrumentos como filmes, músicas, brinquedos e brincadeiras, dentro da faixa etária de cada criança ou adolescente.

É importante que os pais fiquem atentos para as conversas com os filhos sobre saúde mental, pois a negligência pode afetar no seu desenvolvimento. “A negligência a saúde mental infantil pode levar a vários problemas emocionais e comportamentais, tirando da criança o seu direito de um desenvolvimento saudável em todos os aspectos, e um dos seus direitos fundamentais que é o direito de brincar e ser feliz”, afirma a psicóloga.

Psicóloga Irlla Gonçalves

Em casos de suspeita de transtorno mental, pode ser notado um comportamento diferente pelos pais, escola ou pelos demais adultos que convivem com a criança. Quando se dá conta de alterações no comportamento da criança é importante que a família busque por um especialista – psicólogo, psiquiatra, enfermeira psiquiátrica, entre outros.

“Quando a suspeita é diagnosticada, deve-se iniciar o tratamento da criança com uma equipe multidisciplinar de acordo com suas necessidades e com a medicação. E, costumo pontuar, que o que fará toda a diferença no tratamento, é a família e a sua presença, o seu apoio. Tudo isso junto ajudará a criança a enfrentar suas dificuldades e superá-las garantindo uma melhor qualidade de vida”, pontua Irlla.