O Piauí segue firme como referência na apicultura nacional. Em 2024, o estado produziu mais de 8,6 mil toneladas de mel, mantendo-se como maior produtor do Nordeste e o segundo colocado no Brasil, mesmo registrando uma leve queda de 2,4% em relação ao ano anterior. Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quinta-feira (18) pelo IBGE.
No ranking nacional, a produção alcançou 67,3 mil toneladas, o maior volume já registrado. O Paraná assumiu a liderança, com 9,8 mil toneladas, seguido pelo Piauí e pelo Rio Grande do Sul. Juntos, esses três estados responderam por quase 40% do total brasileiro.
Um marco inédito foi o valor da produção nacional ultrapassar R$ 1 bilhão em 2024, crescimento de 11,4% frente a 2023. No Piauí, o montante chegou a R$ 101 milhões, ficando atrás apenas de Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo o técnico do IBGE Pedro Andrade, a diferença no valor entre o Piauí e o Sul se deve ao preço mais elevado pago aos produtores gaúchos.
Entre os municípios piauienses, São Raimundo Nonato foi destaque absoluto: produziu 922,4 toneladas, figurando como o 4º maior produtor do país e registrando uma expansão de 478% em dez anos. Já Picos também mostrou força no setor, com 650,2 toneladas em 2024, consolidando-se como um dos principais polos de apicultura do estado. Outros municípios relevantes foram Anísio de Abreu (353,4 toneladas) e Conceição do Canindé (347 toneladas).
Em termos de valor econômico, São Raimundo Nonato liderou no Piauí com R$ 11,9 milhões, seguido de Picos (R$ 6,7 milhões) e Anísio de Abreu (R$ 4,6 milhões). Os números confirmam o papel estratégico do mel para a economia do estado e reforçam a importância da atividade apícola para a geração de renda no semiárido piauiense.