O Piauí se consolida como um dos estados mais quentes do país, com municípios registrando temperaturas superiores a 40° e níveis de umidade do ar perigosamente baixos. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a onda de calor extremo persiste, colocando cidades piauienses no topo dos rankings de maior temperatura e menor umidade relativa do ar.
O município de Oeiras, por exemplo, tem registrado picos de 41,2° e níveis críticos de umidade, chegando a 10% muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 60%. Outras cidades como Picos, Teresina, Valença do Piauí e São João do Piauí também figuram entre as que apresentam as condições mais severas de calor e tempo seco.
A situação é intensificada pela escassez de chuvas, que contribui para o aumento da sensação térmica e eleva o risco de incêndios em vegetação. O Governo do Piauí, inclusive, prorrogou a proibição do uso do fogo em queimadas até meados de novembro, buscando mitigar os impactos da seca prolongada.
As altas temperaturas e a baixa umidade geram um alerta de saúde pública, aumentando os riscos de desidratação, irritações respiratórias e sangramento nasal, especialmente em crianças e idosos.
As autoridades de saúde e meteorológicas reforçam a necessidade de a população adotar medidas preventivas, como intensificar a hidratação, evitar a exposição prolongada ao sol nos horários de pico (entre 10h e 16h) e usar roupas leves. Além disso, a umidificação de ambientes com toalhas molhadas ou recipientes com água é uma das orientações para tentar amenizar os efeitos do ar seco.
A previsão para os próximos dias indica a manutenção do calor intenso e do tempo seco na maior parte do estado.
