A Polícia Federal/Piauí deflagrou na manhã desta quinta-feira (14) a operação “Onzena”, que apura irregularidades em contratações de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de testes rápidos para detecção de Covid-19. Estão sendo cumpridos mandados em Teresina, Bom Princípio e Picos, no Piauí, e Timon, no Maranhão. Em nota a PF informou que os alvos da operação são a Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (FEPISERH), Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (SESAPI), além de outros órgãos públicos.
Aqui em Picos, embora a ação tenha começado nas primeiras horas do dia, os policiais ainda estavam, até o fechamento dessa matéria, dando prosseguimento a investigação.
A nota da PF diz ainda que: “A investigação teve início após ampla divulgação pela mídia local e trabalhos de auditoria realizados pelo TCE/PI e CGU/PI acerca de contratações superfaturadas realizadas pela FEPISERH, no valor de aproximadamente R$ 5,5 milhões, e SESAPI na ordem de R$ 30 milhões beneficiando uma empresa específica do Estado do Piauí”.
As investigações estão analisando “processos licitatórios, contratos, processos de pagamentos, notas fiscais, dentre outras diligências, que alinhados apontam um prejuízo efetivo ao erário federal de quase R$ 20 milhões decorrentes de contratos firmados pela FEPISERH e SESAPI”.
Foram mobilizados 70 policiais federais e 8 auditores/técnicos da Controladoria Geral da União CGU/PI. A Polícia Federal não divulgou os nomes das empresas envolvidas, mas os responsáveis responderão por “associação criminosa (art. 288 do CP), fraude a licitação (art.89 da lei 8.666/93) e desvio de recursos públicos (art. 312 do CP) cujas penas somadas podem chegar a 20 anos de reclusão”.