O Ministério Público do Piauí (MPPI) apresentou uma denúncia à Justiça requerendo uma indenização mínima de R$ 500 mil por danos morais coletivos contra os administradores de uma rede de postos de combustíveis: Haran Santhiago Girão Sampaio e João Revoredo Mendes Cabral Filho.
Os dois são investigados no âmbito da Operação Carbono Oculto, que apura a suposta infiltração da facção criminosa PCC no setor de combustíveis do estado.
A investigação, conduzida em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), aponta que os denunciados cometeram crimes contra a ordem econômica.
O ponto central da denúncia é a comercialização de óleo diesel fora das normas técnicas da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
- Ocorrência: Em 21 de março de 2023, no posto HD 11, em Lagoa do Piauí.
- Irregularidades: O Procon identificou alta turbidez, presença excessiva de água e violação dos padrões de qualidade no produto, o que configurou risco grave ao consumidor.
O MP sustenta que Haran Santhiago e João Revoredo agiram em conjunto, permitindo a venda do combustível adulterado cientes de suas responsabilidades. Além disso, a fiscalização do Procon encontrou tanques expostos e obras em andamento, o que agravou o risco de contaminação.
Ligação com Crime Organizado
A denúncia enfatiza que o caso de adulteração não é um episódio isolado e que os acusados estão sendo investigados por crimes mais graves.
- Os administradores são investigados por envolvimento com organização criminosa, lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis em diversos casos.
O Ministério Público solicitou a condenação dos denunciados e o pagamento da indenização de R$ 500 mil, valor que deve ser revertido ao Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (FPDC).
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A Operação, em uma de suas fases mais recentes (Carbono Oculto 86), é uma ação integrada que visa desarticular a infiltração e o braço financeiro do PCC no mercado de combustíveis, especialmente no Piauí, Maranhão e Tocantins.
Panorama da Operação Carbono Oculto
Aqui estão os principais pontos revelados pelas notícias sobre a operação:
- Alcance: A operação Carbono Oculto 86, deflagrada em novembro de 2025 (data nos resultados), resultou na interdição de cerca de 49 postos de combustíveis nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins.
- Esquema Financeiro: A investigação aponta que o grupo criminoso utilizava uma complexa estrutura de empresas de fachada, fundos de investimentos e fintechs para a lavagem de dinheiro da facção, movimentando bilhões de reais (uma estimativa aponta R$ 52 bilhões no período investigado).
- Empresas Envolvidas: Foram mapeadas mais de 70 empresas envolvidas (postos, construtoras, distribuidoras), e a principal organização citada é a Rede HD de postos de combustíveis e a holding Pima Energia Participações.
- Fraudes: Além da lavagem de dinheiro, os postos eram suspeitos de vender combustíveis adulterados e cometer sonegação fiscal, resultando em milhões de reais em evasão tributária.
- Ativos Bloqueados: A Justiça determinou o sequestro e bloqueio de R$ 348 milhões em bens de dez investigados e 60 empresas ligadas ao esquema no Piauí.
- Conexão SP-PI: A operação revelou uma ligação direta entre empresários locais e operadores financeiros de São Paulo (Av. Faria Lima), que estariam gerenciando os postos do PCC à distância.





