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Integrantes dos Movimentos Populares que ocuparam prédio do governo do estado em Picos estão sofrendo intimidações

Antigo Espaço do Cidadão. Foto: Jailson Dias

Os integrantes dos Movimentos Populares que ocuparam na última segunda-feira (25) o prédio onde funcionou o Espaço Cidadão do governo do estado em Picos relataram que estão sofrendo intimidações constantes. O prédio, localizado na Av. Getúlio Vargas, estava desativado desde 2018, quando os serviços oferecidos ali foram transferidos para os dois shoppings da cidade. O espaço vinha sendo usado por usuários de drogas, encontrando-se abandonado, mas desde que foi ocupado, começou-se a falar que o edifício vai ser utilizado pelo Executivo Estadual como uma nova policlínica.

Segundo a coordenadora do Levante Popular da Juventude, Isabel Silva, por várias vezes ao dia pessoas tem aparecido por lá filmando e fotografando os militantes de forma “agressiva”, acusando a todos de estarem tirando o local de trabalho deles.

Isabel Silva. Foto: Jailson Dias

“De terça para a quarta algumas pessoas estiveram lá tentando nos intimidar; de noite das 20h00 para as 21h00 algumas rapazes estiveram por lá, tirando fotos; na madrugada ficou uma moto parada por 15 minutos com o farol ligado pra dentro do espaço, então estamos com um sistema de resistência”, declarou Isabel.

Diante das intimidações, Isabel comentou que os integrantes temem que aconteça algo mais grave. Eles têm conhecimento de quem está tentando coagir os Movimentos Populares abandonar o prédio, mas preferiram não citar o nome ainda.  Ao ocuparem o prédio abandonado eles passaram a denomina-lo de “Raízes do Brasil”.

Os Movimentos Populares que estão juntos nessa ação são formados pelo Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, Levante Popular da Juventude, Comitê de Solidariedade do Vale do Guaribas, Federação das Associações e Conselhos Comunitários – FANCC, Movimento Nacional de Luta Por Moradia – MNLM.

Ainda na noite da segunda-feira, quando começou a ocupação, a Polícia Militar esteve no prédio para tentar retirar sete pessoas que faziam a limpeza do espaço. Políticos e advogados intermediaram uma solução temporária.