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Divisão da direita: Caiado e Ciro Nogueira trocam farpas sobre candidato à Presidência

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o senador pelo Piauí e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, protagonizaram uma intensa troca de farpas nas redes sociais neste domingo, 5 de outubro de 2025, evidenciando as divisões internas no campo da direita em relação à sucessão presidencial de 2026.

A polêmica começou após Ciro Nogueira, em entrevista, afirmar que apenas os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Ratinho Júnior (PR) seriam candidaturas “viáveis” para a direita ao Palácio do Planalto, excluindo o nome de Caiado do páreo e destacando que o aval de Jair Bolsonaro seria essencial para a viabilidade dos postulantes.

Caiado Critica “Porta-Voz Inexpressivo”

Em resposta às declarações, Ronaldo Caiado, que é pré-candidato à Presidência, utilizou sua conta na rede social X (antigo Twitter) para rebater Ciro Nogueira em tom duro. O governador de Goiás criticou o senador por tentar se colocar como “porta-voz” de Bolsonaro.

“Se Bolsonaro quiser escolher um porta-voz, certamente será um de seus filhos ou sua esposa, Michelle. Não o Ciro Nogueira, senador de inexpressiva presença nacional, que um dia já jurou amor eterno ao Lula”, escr1eveu Caiado, referindo-se ao ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.

Além disso, Caiado afirmou que Nogueira estaria tentando “vetar” outros pré-candidatos para se viabilizar como vice-presidente em uma chapa com Tarcísio de Freitas, e chegou a questionar a força eleitoral do senador em seu estado natal.

Nogueira Ironiza e Minimiza a Polêmica

O presidente do PP respondeu de forma breve, ironizando a extensão da postagem de Caiado e minimizando a discussão.

“Vi a postagem do governador @ronaldocaiado sobre minha entrevista. Me chamou a atenção a enormidade do tamanho. Deve estar com o tempo livre. Eu não. Sobretudo para polêmicas vazias. Nosso adversário é Lula. Caiado, pode falar qualquer coisa: você está certo. Satisfeit2o?”, postou Ciro Nogueira.

O embate público expõe a dificuldade da direita em se unificar em torno de um nome para a disputa de 2026, especialmente considerando a inelegibilidade de Bolsonaro e a articulação de uma federação entre os partidos União Brasil (de Caiado) e PP (de Ciro Nogueira).