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Dançarino desafia preconceito e encontra na expressão corporal motivação para viver

Davidson Gabriel Silva Castro. Foto: arquivo do entrevistado

É triste, mas em 2020 ainda encontramos diversas formas de preconceito que nos fazem questionar se a sociedade realmente evoluiu. Passando por cima de certos entendimentos de pessoas limitadas, Davidson Gabriel Silva Castro, 22 anos, desafia o preconceito e diz encontrar na dança uma motivação para vier. “Passei por muitos momentos na minha vida muito complicados, aí me envolvi com a dança, e isso mudou muito, me fez uma pessoa diferente”, declarou em entrevista ao Boletim do Sertão.

Ele relata que por ser dançarino e professor de dança já viveu situações desagradáveis, comentários que poderiam tê-lo abatido, mas não o fizeram.

“Quando eu tinha terminado uma aula de dança e estava indo para casa e uma cambada de marmanjo, não digo homem, digo marmanjo, tiraram uma certa brincadeira, ‘olha aí o professor de dança, o cara que rebola para ganhar dinheiro’, é como se a dança não fosse um trabalho, mas isso não me fez baixar a cabeça, continuei”, declarou.

Ele frisa todo o estudo e planejamento necessário para quem pratica dança, exigindo dedicação e empenho. O professor a recomenda para todos os públicos. “O pessoal tem mais que aceitar, tem que saber que homem também dança, não são apenas mulheres, é pra todo mundo, não há essa distinção, a dança é divertimento, bem-estar, saúde, autoestima, isso tudo”, comentou.

Davidson dança os mais diversos estilos: pop, funk, forró, brega funk, street dance (dança de rua), hip hop. Ele pratica há sete anos e há dois ministra aulas de dança em Picos. No momento, os estilos intensos, como “feet dancing” são os mais procurados, segundo o professor.

Uma vez que a dança representa intensa movimentação do corpo, Davidson a considera o exercício mais completo, trazendo não apenas benefícios físicos que impactam positivamente a saúde dos praticantes, mas também no bem-estar. “Muda muita coisa mesmo, inclusive a autoestima das pessoas”, frisou.

Davidson comemora a procura pelo seu trabalho, ministrando aulas de danças em vários pontos da cidade, para turmas no bairro São José (Projeto Bem Viver), na Severo Eulálio, aos domingos (feet dancing), no Umari, às terças e quintas-feiras. “É muito espalhado, são muitos lugares, graças a Deus estamos trabalhando muito”, declarou.

Os valores das aulas são discutidos diretamente com os alunos e os contatos para as pessoas interessadas podem ser feitos através do fone/Whats: (89) 9401-3525 e pelo Instagram: @davisoncastro.