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Com inflação em alta, trabalhadores relatam como estão adequando orçamento

Elida Francisca da Luz Oliveira e Dayvison Nunes. Foto: arquivo dos entrevistados

Por: Luana Pereira
Estagiária/ R.Sá

Com o aumento nos preços dos produtos e serviços, o dinheiro do trabalhador ficou mais curto. Está mais difícil fechar as contas no final do mês. A pandemia é responsável por boa parte dessa situação, e o consumidor tem sentido o aumento no setor alimentício, energia, gás de cozinha e principalmente no combustível. Em alguns estados brasileiros, a gasolina já chegou a R$ 7,00 o litro, dificultando a vida de quem precisa sair de casa com seu transporte para o trabalho.

Elida Francisca da Luz Oliveira, tem 42 anos e é mãe de 3 filhos. Ela atua no ramo das confecções há quase 20 anos. Moradora do município de Geminiano, Elida diz que suas mercadorias são vendidas por Picos e região. Devido o aumento gasolina  tem sido complicado trabalhar por causa do deslocamento.

“É complicado para quem precisa vender e fazer as entregas, como no meu caso. Todos os dias preciso abastecer meu transporte para ir em busca do meu sustento e da minha família e o pior é que não tem de quem cobrar, nós é quem somos cobrados, um absurdo!”, relatou.

Esse também é o caso de Dayvison Nunes, de 24 anos, morador do bairro Canto da Várzea, que trabalha com cosméticos. Ele disse que nunca imaginou passar por tempos tão difíceis como tem sido esse ano de 2021.

“É sempre um susto que a gente leva, porque a toda semana são valores diferentes, aumentos absurdos, não tem como se preparar para isso, sem falar que a gente vai ao supermercado com R$ 100,00 e volta de mãos vazias. Antigamente R$ 100,00 era a feira do mês. Não sei onde isso vai parar”. Ele completa que as entregas se tornam mais difíceis. “Trabalhamos tanto com delivery, imagina aí como tá sendo, é desanimador tentar crescer no tempo desse”, concluiu.