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Com apenas dois fiscais, Secretaria de Meio Ambiente de Picos não consegue coibir queimadas

Secretaria de Meio Ambiente de Picos. Foto: Jailson Dias

Apesar das queimadas serem um problema recorrente em Picos, com as chamas consumindo vastas áreas de vegetação nativa todos os anos, além dos incêndios em terrenos baldios na zona urbana, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAM) jamais foi estruturada para fiscalizar e coibir essa prática criminosa, que destrói a natureza e trás problemas respiratórios para as pessoas. São apenas dois fiscais ambientais para toda a cidade, o que torna simplesmente impossível atender a demanda.

Nós conversamos com um dos fiscais, Regis Feitosa, que nos falou sobre o trabalho e as imensas dificuldades enfrentadas por eles. Regis informou que a Lei de Crimes Ambientais prevê sanções e punições penais e administrativas para quem atear fogo na vegetação.

Regis Feitosa. Foto: arquivo do entrevistado

“Hoje em Picos nós temos muitos problemas com relação as queimadas, a demanda é muito grande, todo dia verificamos queimadas, inclusive em áreas residenciais, o que dificulta o nosso trabalho”, declarou.

Regis informou que a SEMAM recebe muitas denúncias de incêndios na vegetação diariamente, e que os fiscais tentam localizar os infratores através de informações de campo, contudo, as pessoas não apontam os responsáveis pelo crime ambiental. “Nós temos que tentar descobrir e é algo difícil de fazer”, comentou.

Foto: Francisco Rodrigues

Recentemente houve uma reunião com vários órgãos tratando sobre a forma como o Município poderia ajudar o Corpo de Bombeiros, que está carecendo de mais estrutura para combater os incêndios na região. Como a SEMAM não dispõe de equipamento para combater o fogo, o máximo que pode fazer é fornecer um caminhão-pipa para reabastecer a viatura dos bombeiros.

Era de se esperar que diante de um crime tão repetitivo, fossem tomadas providências para garantir uma fiscalização eficiente pelo Município, mas isso jamais aconteceu.