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Picos: pelo menos 120 pacientes recebem medicamentos da Secretaria de Saúde após ações na justiça

Cristiane Barbosa de Moura. Foto: Jailson Dias

Pelos menos 120 pacientes de Picos recebem medicamentos na atualidade após terem entrado com ações junto ao Ministério Público do Piauí (MPPI). Segundo a coordenadora da Central de Abastecimento Farmacêutico da Secretaria de Saúde de Picos, Cristiane Barbosa de Moura, isso acontece em casos especiais, quando as pessoas requisitam um tratamento de custo elevado que está além da atenção básica do Município.

A farmacêutica explicou que os pacientes judicializam os pedidos de medicamentos quando eles não podem custear o tratamento que é muito caro. Então, eles fazem a solicitação junto a Secretaria de Saúde, mas como ele está além do Município, acabam recorrendo ao MPPI para receber os remédios. Outro fator é que o Município é o agente público mais próximo das pessoas, pois uma ação contra o Estado ou a União seria extremamente demorada.

“Quando nos procuram, não temos como assistir porque os recursos que temos para a compra de medicamentos não é esse valor expressivo, e as medicações são caras, e como Picos é o agente mais próximo, eles acionam o Ministério Público porque é mais fácil adquirir pelo Município”, explicou a coordenadora.

Cristiane Barbosa informou ainda que após a aprovação o paciente é encaminhado para a Unidade Básica de Saúde onde terá o acompanhamento médico. Dentre as pessoas que conseguiram receber remédios através da judicialização, estão pacientes que sofrem de problemas renais, câncer e vítimas de acidente de trânsito.

“Eles vem de grandes centros, como São Paulo, lá a assistência farmacêutica é diferente, então, geralmente são esses pacientes que tem problemas crônicos, mas com várias comorbidades”, informou.

Além dos medicamentos mais caros, há também os insumos necessários para os tratamentos, como sondas e outros. Cristiane disse que muitas vezes o Município realmente não tem condições de arcar com o tratamento. “Já pegamos aqui medicação de R$ 340 mil e não tínhamos recursos, aí tivemos que provar”, relatou.